terça-feira, 18 de novembro de 2008

Diretor de Marketing pode receber R$ 1 milhão por ano

Um Diretor de Marketing pode receber de R$ 168 mil a R$ 600 mil por ano no Brasil. Isso, sem contar os bônus, como participação nos lucros da empresa e salários extras por metas alcançadas. Com companhias pagando até 20 salários como recompensa, ou sete a mais, este valor pode chegar a R$ 1 milhão.
Este é um mundo para poucos profissionais, com mais de 15 anos de carreira e empregados em grandes empresas, mas é real, segundo pesquisa realizada pela Robert Half com 1.500 profissionais de Marketing. O estudo obtido com exclusividade pelo Mundo do Marketing mostra também que um profissional em início de carreira recebe, em média, a metade do salário de quem é mais experiente.
Substituir um profissional sênior por um junior, portanto, é uma questão que tem a ver com custo. “Certamente o sênior custa mais caro, mas ele traz mais experiência e pode ajudar na operação. O problema é que as empresas não têm como pagar tantos profissionais sêniors. Elas acabam promovendo profissionais que às vezes não estão preparados para assumir certos cargos”, aponta Adriana Cambiaghi, especialista em recrutamento da Robert Half.
Menos salário fixo, mais bônusPara não onerar a folha de pagamento, as empresas optam por fazer menos reajuste nos salários fixos e aumentam o número de bonificações por resultado. De acordo com um estudo feito pela consultoria Hay Group, os bônus podem chegar a 56% do salário base, que incluem até distribuição de opções de ações das companhias. “Cada vez mais os salários variáveis são maiores”, ratifica Adriana.
O pacote de remuneração desses executivos, entretanto, nem sempre é tão vantajoso assim. “Existe um número cada vez maior de profissionais que reclamam que as empresas fazem reestruturação achatando salários”, aponta a especialista da Robert Half. Este foi um dos motivadores da pesquisa, que serve como um balizador para os profissionais e para as empresas da média salarial do mercado.
O levantamento feito Robert Half mostra ainda que as empresas de pequeno e médio porte estão com maior demanda por profissionais de Marketing. Entre as funções que mais se destacaram, agora entre as grandes companhias, neste primeiro guia desenvolvido pela consultoria está a de Trade Marketing. Um Gerente de Trade Marketing recebe um salário fixo equivalente a um Gerente de Marketing, entre R$ 10 e 25 mil por mês, dependendo da experiência e do tamanho da empresa.
Tem um linck para consultar a tabela. http://www.mundodomarketing.com.br/imagem/Guia_Salarial_Robert_Half_Mundo_do_Marketing.PDF

sábado, 15 de novembro de 2008

Nextel, Land Rover, Spoleto e Sony Vaio revelam suas estratégias de Marketing

Se há um profissional de Marketing que nunca perdeu alguns minutos de sono pensando em inovar, mudar a marca da empresa, melhorar o relacionamento com o cliente e em mil e uma formas de ganhar mercado e aumentar as vendas que atire o primeiro remédio para insônia. As noites mal dormidas, ou apenas algumas horas a mais de reunião pela noite trouxeram resultados positivos para marcas como Nextel, Land Rover, Spoleto e Sony Vaio no Brasil.
Todas elas são hoje reconhecidos casos de sucesso. Nextel com seu recente reposicionamento. Land Rover como uma marca de luxo que promove experiência e relacionamento com seus clientes. Spoleto na área de inovação em culinária rápida e de ações de Marketing diferenciadas. E Sony Vaio com a construção de marca e um posicionamento no ponto-de-venda diferenciado.
Estes cases serão mostrados em detalhes na edição de São Paulo do Seminário Marketing 360º, com data marcada para acontecer entre os dias 15 e 16 de outubro no Blue Tree Towers Morumbi. O evento é patrocinado pela Accentiv’, Copernicus Marketing Consulting, Datalistas, Dinamize e TNS InterScience. Esta é a quarta edição do seminário realizado pelo Mundo do Marketing e tem a organização do Grupo B2. As inscrições podem ser feita por aqui.
Muito trabalhoAté chegar ao ponto de apresentar resultados de sucesso, estas empresas percorreram caminhos diferentes. Nextel tem como foco principal o público corporativo. Nele, investe em relacionamento e em serviços diferenciados que vão além do rádio, como os que são utilizados por empresas de logísticas.
Na comunicação, investiu pesado numa campanha de reposicionamento que levou a marca novamente a ser aspiracional. “Nos últimos anos a comunicação era focada especificamente na diferenciação do produto e do serviço, com o objetivo de gerar o resultado imediato de vendas. Por isso, redefinimos o papel da marca com um plano estratégico para os próximos cinco anos”, explica Fábio Toledo, Gerente de Marketing da Nextel. Isso, com 10 anos de Brasil e investimentos que ultrapassam os R$ 5 bilhões neste período.
Com um orçamento bem mais modesto, a Land Rover emprega seus esforços em ações de relacionamento com clientes e de experiências para conquistar novos consumidores. Por isso, está entre as marcas mais desejadas pelos amantes de carros. Com 60 anos, a empresa comemora a sua melhor fase. Bateu recorde de vendas mundiais, chegando a 226 mil veículos comercializados, e conquistou a liderança no Brasil.
InovaçõesMesmo não estando entre as 100 marcas mais valiosas do planeta, a Land Rover tem um lugar de destaque no Marketing. “Temos uma vantagem de mexer com o imaginário do consumidor. Vendemos espírito de aventura. A Land Rover realmente tem isso, não é algo fabricado nem uma imagem artificial. É uma marca que tem história”, afirma Luiz Tambor, Diretor de Marketing e Vendas da Land Rover Brasil.
Quem também mexe com o consumidor, neste caso com a barriga e com a capacidade de rapidez ao escolher o que comer, é o Spoleto. A rede de franquias não cansa de inovar. Seja em novos pratos, seja nas ações de Marketing. Numa das últimas, a marca distribuiu gratuitamente 1,2 mil pratos de massas e 500 litros de refrigerante para promover uma franquia.
E o Spoleto não pára por aí. É campanha em datas comemorativas, patrocínio a eventos esportivos, promoções e concursos culturais e uma série de ações de guerrilha que serão apresentadas no Seminário por Jaqueline Lopes, Diretora de Marketing do Grupo Spoleto.
Em outro mercado, a Sony enfrentou o desafio de construir uma marca de notebook no Brasil utilizando menos recursos de Marketing. O ponto forte da empresa e onde são investidos os maiores esforços é no ponto-de-venda. Posicionada no segmento premium, mas com uma segmentação que oferece até notebooks mais accessíveis, a empresa espera crescer 400% em suas vendas este ano.
Para chegar a este resultado, a empresa investe em patrocínio de eventos como o Aberto de Golfe Fazenda da Grama. No ponto-de-venda, a Sony investe grande parte de sua comunicação. “O PDV exerce um papel importante dentro da nossa estratégia. Inovamos neste segmento porque fazemos exposição do produto de forma diferenciada. No final, é um conjunto de fatores para que consigamos levar a experiência Vaio para dentro do ponto-de-venda, pois não consigo sustentar um preço premium se não oferecer uma experiência premium”, ressalta Gustavo Araujo, Gerente de Produto da linha de notebooks da Sony Brasil.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

O Brasil não para de crescer!!!!

Osklen cresce em mercados internacionais
Por Guilherme Netoguilherme@mundodomarketing.com.br
Repercutir o sucesso de uma marca no Brasil é o desejo de muitos executivos atualmente. O desafio de embarcar em outros países já criou multinacionais de sucesso, como Petrobras, Vale, Havaianas, Embraer e H.Stern. Segundo dados do Banco Central, só em 2007 foram investidos US$ 40,5 bilhões em capital brasileiro no exterior.
O sonho de investir no exterior envolve novos obstáculos, como a adequação a culturas diferentes que, algumas vezes, podem rejeitar uma marca, resultando em fracasso. Não é esse o caso da Osklen, marca carioca de roupas e acessórios, que nos últimos anos vem investindo no mercado internacional, já tendo aberto mais de dez lojas na Europa, Estados Unidos e Ásia.
A empresa nasceu como uma pequena loja em Búzios, no Rio de Janeiro, há 19 anos. Curiosamente, vendendo casacos de neve. "O público que vai para os resorts de Búzios é o mesmo que visita países frios. Essa foi a oportunidade percebida pelo fundador Oskar Metsavaht", explica Luís Justo, há oito anos na Osklen, dois deles como CEO da marca, durante palestra realizada no 3º Seminário de Comportamento e Consumo, realizada pelo SENAI e Cetiq no Rio de Janeiro.
A partir daí, a marca cresceu sob um conceito esportivo, que depois se alterou para um "estilo de vidas convergentes", de forma a atingir um maior público e evitar ter sua imagem desgastada ao focar em apenas um aspecto.
Internacionalização foi o passo seguinteCom o sucesso, hoje já são 50 lojas em todo o país, por onde circulam 250 mil pessoas por mês. O passo seguinte adotado pela marca foi repetir o case no exterior. Para isso, há cerca de dez anos a Osklen foi reposicionada como uma marca global. "Quando começamos a investir no exterior, muitos achavam que era impossível ter sucesso", diz Justo.
Segundo ele, o motivo de fracasso de outras marcas de moda foi basear suas coleções na moda européia e americana com seis meses de antecedência e depois de lançar no Brasil, relançá-la seis meses depois no exterior, gerando um ano de defasagem em relação às últimas tendências.
Apesar de precisar adaptar alguns produtos por conta da cultura local dos mercados estrangeiros em que entrava – fabricar calças com pernas menores para os japoneses, por exemplo -, a entrada da marca em outros países não precisou passar por nenhuma grande mudança.
Marca não explorou identidade brasileira“Optamos por mercados mais vantajosos para a nossa marca. Nos Emirados Árabes, por exemplo, teríamos que redefinir toda nossa campanha de Marketing e publicitária já que a cultura local rejeita ações que explorem imagens de mulheres”, conta o CEO da Osklen, em entrevista ao Mundo do Marketing.
A primeira loja no exterior foi aberta em Portugal, há cinco anos. O país, escolhido para iniciar a plataforma internacional da marca por sua proximidade cultural e na língua, detém hoje quatro unidades.
Como estratégia, a Osklen optou por não explorar a identidade brasileira no seu branding, de forma a fugir de estereótipos ou correr o risco de enfrentar um fracasso caso a moda Brasil saia, literalmente, de moda. Outra forma foi reforçar o conceito. "Nós não somos uma marca de moda, mas sim de estilo de vida.", explica Justo.
Conceito difundido em outras marcas do grupoSegundo ele, esse conceito também está nas outras empresas do grupo. Como o Instituto E, que, além de desenvolver ações de responsabilidade sócio-ambiental para a Osklen, faz consultoria no desenvolvimento de produtos para outras marcas ou de co-branding. Outra companhia é a e-fabrics, que produz selos de certificação para produtos sustentáveis.
Outra forma de difundir a Osklen foi investir em experiência de marca. Um exemplo é a Coleção Vento, lançada em 2005, que continha inclusive um perfume, utilizado como aromatizante nas lojas da rede. Ou em produtos ousados, mas diferenciados, como produtos feitos a partir do couro de peixe.
Atualmente, as mais de dez lojas estão espalhadas principalmente pela Europa – além de uma em Tóquio e duas em Nova York. A marca também está presente em outros países através de exportação ou lojas multimarcas, como França, Espanha, Grécia, Turquia, Holanda. Por enquanto, ainda não há planos de abrir lojas em outras regiões, como a América Latina.
Investimento em conceito como diferencial"Apesar de ainda representarem 5% do faturamento da marca, as vendas no exterior tem crescido bastante. Uma das lojas de Nova York está apresentando aumentos de 30 a 40% no período de um ano", comemora Justo.
Para ele, o sucesso vem de fatores como autocrítica, pontos estratégicos e cultura de negócio definida e focada no futuro, mesmo em condições adversas, como quando a marca enfrentou problemas com a pirataria no Brasil em 2000. “Não realizamos pesquisa de concorrência ou preço. Procuramos é investir no nosso conceito aplicado a nossos produtos para explorar nosso diferencial, tanto no Brasil como no exterior”, comenta.Mundo do Marketing: Publicado em 27/8/2008